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sexta-feira, 31 de julho de 2009

Luiz Gonzaga: 20 anos de saudade

Entre 1930 e 1950 o rádio apresentou aos ouvintes brasileiros os populares programas de calouros. Destes programas saíram nomes como Ângela Maria, Cauby Peixoto, Jamelão e o "Rei do Baião", Luiz Gonzaga.

Uma monarquia marcada por um longo e belo reinado.O segundo dos nove filhos de Januário José dos Santos e Ana Batista de Jesus, Luiz Gonzaga do Nascimento nasceu em 13 de dezembro de 1912, na pequena cidade de Exu (PE), no sertão nordestino.

Aos oito anos começou seu reinado. Substituindo um sanfoneiro em uma festa da região, tocou e cantou durante toda a noite. Ganhou seu primeiro cachê e conseguiu amolecer o coração aflito de sua mãe, que permitiu ao pequeno Luiz seguir com sua carreira de sanfoneiro.

Luiz Gonzaga, Oswaldinho do Acordeon, Hermeto Pascoal, Dominguinhos e Fagner - Asa Branca



Com o exército, em 1930, seguiu por vários estados brasileiros e conheceu o Rio de Janeiro. Anos depois, voltou à cidade maravilhosa para partiipar dos programas de rádio da época. Mas o sanfoneiro apresentava sons diferentes daquele onde seria consagrado e por isso não conseguiu se destacar no começo de sua carreira de calouro. Retomando as origens musicais do seu sertão atraiu novos súditos, seduzidos por sua sanfona radiodifundida.

O resto da história são sucessos e mais sucessos. Herdeiros? Sim, o sucesso musical foi repassado a seu filho Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior (Gonzaguinha). No vídeo abaixo, ao lado do apresentador Júlio Lerner, Júnior entrevista o pai no extinto programa Proposta.



Gonzaguinha se tornou um dos grandes nomes da MPB, seja como intérprete ou como compositor. O filho também teve o pai como um de seus grandes parceiros musicais. Em sua discografia está um disco gravado pela "dupla" Gonzaguinha e Gonzagão.

Luiz Gonzaga e Gonzaguinha - Vida de Viajante



No dia 02 de agosto de 1989, após dias internado em um hospital de Recife, devido problemas causados pela osteoporose, Gonzagão morreu aos 76 anos. Em sua última subida aos palcos, meses antes, o rei declarava que "queria ser lembrado como o sanfoneiro que amou e cantou muito o seu povo, o sertão, que cantou as aves, os animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes, os valentes, os covardes, o amor...".

Luiz Gonzaga - Terra, vida e esperança




Seu enterro contou com a presença de uma multidão de amigos e fãs que juntos cantaram um de seus maiores sucessos “Nem se Despediu de Mim”.

Nem se despediu de mim
(Luiz Gonzaga - João Silva)

Nem se despediu de mim
Nem se despediu de mim
Já chegou contando as horas
Bebeu água e foi-se embora
Nem se despediu de mim
Te assossega coração
Esse amor renascerá
Vai-se um dia mais vem outro
Aí então, quando ele voltar
Quebre o pote e a quartinha
Bote fogo na tamarinha
Que ele vai se declarar


quinta-feira, 30 de julho de 2009

Samba: do Brasil para o universo

Sem entrar na discussão que tenta definir se veio da Bahia ou se veio do Rio, o samba é antes de tudo brasileiro. Mas não posso negar que foi lá de cima dos morros cariocas que ele encontrou seu cantinho. Num cortiço, numa roda, num terreiro, num Brasil de mulatas, preconceito e musicalidade.

Samba é patrimônio cultural nacional. Se muitos se preocupam em saber de onde veio, quero mesmo é saber aonde ele vai parar. Para o samba não existe fronteira e não há quem não ouça e comece a se requebrar, mesmo sem querer ou sem saber.

Está certo, muitos não gostam. Mas saiba que outros milhares amam. Milhares que cantam pra ver sua escola sair consagrada na avenida e outros tantos que foram apresentados ao ritmo e nunca mais foram os mesmos. Como no vídeo abaixo, cheio de gringos no samba.

Carmem Miranda - Mamãe eu quero



Mas também tem Mestre Jedi na roda. Pra mostrar que samba é bom e contagiou todo o universo: "Que a força esteja com vocês".

Nelson Cavalquinho - Degraus da vida

Música bem-humorada, ou humor bem musicado?

Humor e música sempre foram parceiros de sucesso. Principalmente se falamos de Antonio Carlos, ou Mussum, o eterno trapalhão.

Integrante dos Originais do Samba, o músico ficou mais conhecido pelo seu trabalho no humorístico da TV Globo, Os Trapalhões. Ao lado de Didi, Dedé e Zacarias protagonizou um dos maiores programas humorísticos do país e por décadas divertiu e encantou o público.



Mangueirense e sambista, Mussum também levou um pouco de sua musicalidade ao programa. Há 15 anos o artista nos deixou, mas sua arte e música ainda vivem. Confira abaixo trechos do programa MPB Especial com Originais do Samba na TV Cultura em 1972.

Cacildis! Salve Mumu da Mangueira.


quarta-feira, 29 de julho de 2009

Som, links e ação

A vida parada de jornalista desempregado me trouxe até o universo virtual pra falar de um assunto que é comum a todos. Música, mas a brasileira.

Até hoje não conheci alguém que não gostasse da primeira das sete artes. Não fui apresentado a algum ser que não tivesse um CD, um LP, um K7, ou um arquivo de áudio de sua banda, artista, ou grupo favorito. Ou que não tivesse um pequeno rádio, ou MP3 pra ouvir uma boa canção.

A música é tão vital ao ser humano quanto uma refeição ou o sexo. Se bem que existem aqueles que optam por não comer (ou não podem) e os que, digamos, não possuem uma vida sexualmente ativa, mas isso é uma discussão que transcende o campo musical. Acho melhor dizer apenas que esta harmoniosa combinação de sons faz parte do nosso cotidiano.

Sempre ouvi dizer por aí que além das fronteiras tupiniquins todos adoram a música brasileira. Se é verdade não sei, mas gosto muito e me orgulho do que ouço meus compatriotas cantarolarem do lado de cá e por lá também.

Vamos lá, vamos começar...

Paulinho Moska - Tudo novo de novo