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domingo, 25 de setembro de 2011

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

sábado, 17 de setembro de 2011

Auto-Protesto

Mais do que eles possam chocar a qualquer um, eu me espanto imensamente com meus desenganos. Repuguino meus erros, por mais que saiba que (enquanto na condição de ser humano) estarei sujeito a eles.

Dói esse vício nojento em persistir naquilo que me faz tão mal. Mas dói mais ainda saber que o mal, de certa forma, vem de quem quero tanto bem. Acordar tenso, com a cabeça preocupada a cada instante não é o recomendado pela Organização Mundial de Saúde.

Parece existir uma teimosia cruel dentro de mim que me faz trilhar os caminhos mais torturantes. Sim, é tortura querer um beijo que traz tudo isso no final. Um orgasmo que já não alivia como antes.

Ainda existem os prazeres. Prazer que foi até melhor e maior um dia. O carinho e o afeto no sexo e no beijo de antes já se esvaíram ralo abaixo. E pra piorar nem eu levo fé que se possa resgatar tudo isso algum dia. E eu, mais do que qualquer pessoa possa imaginar me pergunto: Por quê?

Se não for tortura é, no mínimo, masoquismo ou loucura em estágio avançado. Tenho essa consciência, o que torna tudo pior. Mas há algo que me prende. Amarração do amor?, já levantaram essa hipótese. Quem sabe não seja, não posso eliminar isso do quadro de possibilidades. Se fosse já seria uma boa explicação.

Como me libertar? Como respirar sossegado? Tenho tido muita pena do meu algoz, mas me esquecido de quem é quem nesse meu regime escravagista. Preciso relembrar-me em que ponta do chicote estou. Sou eu o meu torturador. Por vezes penso até que reforçar as preces possa ser outro artifício eficaz ao meu alento.

Me falta coragem, me falta deixar de ser covarde e parar de trocar minha felicidade por medo ou qualquer outra coisa. Além de louco, covarde, viciado, acho que tenho prostituído meu bem-estar. Em troca desse abuso nem tenho recebido tanto prazer assim, tampouco dinheiro.

Repensando todo o discurso, pena sinto mesmo é de mim. Sou um fraco! Mas isso vai mudar, vou me sabotar. E será bem antes que muitos tomem conhecimento dessa fraqueza. O amor não vai me destruir.


Zélia Duncan e Fernanda Takai - Boas razões

terça-feira, 13 de setembro de 2011

sábado, 10 de setembro de 2011

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Felicidade, a culpa é sua

Nesse ata e desata da vida ficam sempre as perguntas pairando no ar. Sem saber se vai ou se fica, se sim ou se não, doce ou salgado, quente ou frio, muito ou pouco... levamos os dias. Mas afinal, o que queremos da vida?

Entre quereres e poderes dificilmente vamos ter uma opção que caiba nos dilemas da razão e da emoção. As mais românticas podem se derreter pelas flores e declarações recheadas de amor de algum ex-namorado dos mais calhordas.

Mas elas sabem que não deveriam, nem mesmo, ouvir o que eles têm pra dizer por todo o sofrimento que já foi causado. Ainda assim algumas, ou muitas, vão se seduzir. Outras vão desprezar as investidas, mas não haverá um meio termo. Alguma que possa se seduzir e desprezar simultâneamente.

Talvez venha daí a resposta pra pergunta feita lá em cima: Queremos ser felizes! A ideia do sofrimento, da tristeza, é abominada por todo mundo. A busca pela realização é um saga que todos nós queremos. Inclusive aqueles que se dizem os mais felizes, buscam por mais dessa felicidade.

A romântica, busca esse amor ilusório enquanto a racional, busca a fidelidade e o respeito, mais até do que as flores e a declaração de amor. Faço então uma nova pergunta, o que nos faz feliz? Onde está nossa felicidade?

Essa nossa constante transferência de responsabilidade da felicidade é o que nos causa tanto mal. Acreditar que o "ser feliz" depende sempre de outros e não de nós é o que gera a decepção, a expectativa depositada noutro.

Muitas vezes o outro nos decepciona por, talvez, acreditarmos que felicidade é algo alheio a nós. Felicidade não vem de fora pra dentro, o processo é inverso. O que alguém pode fazer por nossa felicidade é despertá-la dentro de nós.

Me questiono, volta e meia, por me ver nessa situação. Antes de atribuir a felicidade a quem quer que seja é importante lembrar que sentimentos são feitos pra serem sentidos. Por isso, sempre que impossível, quero sentir-me feliz.

Marcelo Jeneci - Felicidade

domingo, 4 de setembro de 2011