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sábado, 23 de abril de 2011

Simplismente amigos

É na hora da dor que o verdadeiro amigo se faz presente. Os ausentes, estes preferem não se envolver, ou acreditam não poderem fazer muito. Não podemos cobrar isso de ninguém, mas devemos sempre reavaliar com quem podemos contar.

Soube do caso de um rapaz que saiu do seu bairro, atravessou toda a cidade (cerca de 50 km) e foi visitar um casal de amigos que havia perdido um bebê. Justo, acho até nobre. Mas até hoje não entendi porque esse mesmo rapaz não foi capaz de visitar uma amiga, que morava algumas ruas depois da sua, para dar-lhe os pêsames pela morte do pai?

Eu sei, é tão difícil tentar comparar ou avaliar atitudes iguais a essa. Mas meu coração não consegue entender algo do tipo sem que não tenha havido uma avaliação de amizade por parte do rapaz. Para aqueles que tenho como amigos e pessoas queridas não meço esforços. Naturalmente, não me abalo nem me movo por quem não conheço, ou não tenho apreço.

Me emocionei muito, quando em um momento de aflição, uma querida amiga veio passar a madrugada ao meu lado na porta do hospital. Apenas para estar ali ao meu lado, como aquilo me fez bem. Não que todos deveriam ter feito isso, mas esperava que os ausentes fizessem algo.

Foi assim que entendi que para cada grupo de amigos-ausentes sempre haverá um amigo-presente (ou simplismente, amigo). Alguém que ligará todos os dias, mandará mensagens, chorará contigo ou ficará ao teu lado esperando por notícias. E para estes jamais faltará ombro, colo e todo o restante. Destes jamais vou me perder.


Paulinho Moska e Pedro Morais - Reflexos e reflexões

Um comentário:

  1. Muito bom o texto!
    Penso como você com relação à amizade...
    Parabéns!

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