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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Menor Idade Penal?


Dias atrás me questionava e conversava a respeito da redução da maioridade penal, relembrando e vendo alguns casos de menores infratores na TV. Difícil opinar, mas com certeza o que precisamos não é a redução. Antes que me preguem na cruz, quero deixar claro que sou a favor de adolescentes responderem por seus atos.

Mas o que acontecerá depois que reduzirem (caso isso aconteça)? Teremos jovens de 16 dentro de celas que já não cabem mais nem os marmanjos com mais de 18? Será, então, uma questão de tempo até que se peça a redução para 14, 12, 10...

Redução, infelizmente não é solução para o Brasil (pelo menos até os dias de hoje). Nem sei se tem sido solução em outros países onde isso já é uma realidade. Talvez a solução esteja na maior oferta de trabalho, creches, escolas e vários outros pontos que os contrários à redução sempre defendem.

Só que, mesmo não concordando com a redução, para curto prazo é difícil ver outras possibilidades . A juventude está perdida entre drogas e violência. Todos os dias adolescentes (e cada vez mais crianças) protagonizam atos de violência. Matam, roubam, sequestram e aterrorizam o dia-a-dia dentro das cidades.

Não sei se por culpa do "sistema capitalista"; se por culpa dos "pais" que largaram as "mães" sozinhas e não criaram nem assumiram sua responsabilidade com seus filhos; se por conta das mães de família que precisam trabalhar de domingo à domingo e não têm com quem deixar os filhos e (muitas vezes) os netos; se pelas crianças abandonas ao descaso nas ruas ou se por 200 outros motivos que cada um pode listar.

Não vejo luz no fim desse túnel. Pelo menos para amanhã, ou depois, não sei o que poderíamos fazer. Mas algo deve ser feito com urgência. A redução é um paliativo, que trará ainda mais problemas para nosso país com um sistema prisional tão desumano e cruel. O investimento em educação leva tempo, um tempo que muitos de nós não teremos até que ele se conclua.

Enquanto a pobreza, a criminalidade e a ignorância forem moedas de troca a cada quatro anos e nós eleitores/cidadãos nos submetermos a isso, é impossível esperar soluções eficazes. Até porque todos esses problemas movimentam questões financeiras muito maiores.

O tráfico e o crime organizado recrutam milhares de jovens soldados a cada novo dia, oferecendo o "status" que nossa TV vende a todo instante. O sexo e as drogas em excesso tornaram-se "culturais" dentro da sociedade. Enquanto a violência, enlatada e vendida pela América do Norte estimula um milionário e grandioso mercado de armas (fabricadas lá, por sinal).

A família não é mais um referencial (por favor não venham me dizer que o apoio ao casamento homoafetivo destruiu a família, pois muitas crianças abandonas por "héteros" têm garantido seus lares nessas famílias) e as religiões correm atrás do prejuízo, mas não conseguem salvar muit@s tanto quanto gostaria e deveria. Até porque a fé está em desuso e fora de moda no modelo sociocultural moderno, que precisamos nos enquadrar. Além disso, muitas religiões pregam tanto preconceito e intolerância (religiões que estão mais perto do que muitos imaginam) que fica difícil imaginar as coisas melhores.

E enquanto não se resolve tudo isso o que fazer?

Até lá, cabe a cada um cuidar dos seus, mas pensando e respeitando o outro. Caridade, respeito, compaixão, perdão... o cultivo do bem continua sendo a melhor saída e a melhor proteção (ainda que a crueldade e o interesse não respeitem nada disso) enquanto todos não aprendermos a lutar pela igualdade de direitos.

Legião Urbana - Mais do Mesmo


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