Essa onda de blog vicia mesmo. Começou com a brincadeira de falar de música, agora quero falar do meu Cerrado, meu habitat natural. Seco, quente e empoeirado. Mostrar suas belezas, seus contrastes, sua vida. Pois só sendo calango pra se adaptar por aqui. Começo pela poesia de Humberto Firmo.
Calango do cerrado
Humberto Firmo
Eita cerrado quente,
Secura rachando os lábios
O crânio esquenta por dentro
O calango dá um salto
E a poeira fica entre os dentes.
Agosto, Setembro, Outubro.
O redemoinho gira no centro
A poeira reveste a gola
E a saliva vira cimento.
Olhando pro céu limpinho
Dá uma tontura danada
É céu pra tanto lado
Que a nuvem não vê morada.
No asfalto, feito miragem,
Brilha um rio fervente.
E o que se vê entre os blocos
É Calango virando gente.
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sábado, 24 de outubro de 2009
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