Aviso!

Proibida a reprodução ou uso dos textos do autor do blog sem a sua prévia autorização.
Mostrando postagens com marcador Legião Urbana. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Legião Urbana. Mostrar todas as postagens

domingo, 17 de agosto de 2014

Os urubus logo sobrevoam a carniça

Pra muita gente é ridículo ver pessoas comovidas com a morte do candidato e ex-governador do Pernambuco, Eduardo Campos. Eu me abati. Eu me doí. Eu remoí meus fantasmas mais tenebrosos. A notícia me trouxe alguns nós, alguns entraves inexplicáveis e explicáveis.

Dos inexplicáveis, não posso falar muito. Daquilo que posso dizer, está a dor de reviver perdas inesperadas. O desequilíbrio, a falta de rumo, de prumo, de chão. A espera por uma notícia que desminta a tragédia. Achar que na manhã seguinte, quando se consegue dormir, se perceberá que tudo não passou de um pesadelo.

Esse atordoamento de ver gente jovem demais, feliz demais, boa demais ir cedo é, ironicamente, demais. Não que ele tivesse todas essas virtudes (talvez não tivesse nenhuma ou até mais, não sei), mas me aperta ver tanta gente indo embora com essa impressão de que não era a hora. 

Volto ao meu caso, minha vivência pessoal, para logo me colocar no lugar do outro. A família que perde seu eixo, seu prumo, sua sustentação e não sabe bem por onde recomeçar a juntar seus pedaços. Nesse caso, uma analogia aos destroços do avião, espalhados por dezenas de casas. Leva tempo pra se situar e tomar conhecimento do estrago.

Vi durante esses dias inúmeras piadas prontas sobre causas da morte relacionadas com possíveis atentados e mandandes. Mas isso é apenas a constatação de que tão logo a desgraça seja anunciada os urubus já sobrevoam. É esperado de gente medíocre o tripudio sob a dor alheia com a justificativa política, ou mesmo de que o brasileiro é "criativo". Uma pena tanta criatividade em prol da dor que nos é distante, mas que cedo ou tarde bate à porta de todos.

Quem já recebeu essa ingrata visita se comove. Comigo não foi diferente. Desde quarta uma sensação ruim, lembranças e mais lembranças. Na sexta eu senti, logo cedo, a presença forte da minha mãe e isso me fez não esperar muito do dia. Os detalhes da cozinha, a lembrança de segurar sua mão, alguma frase sempre repetida, o rádio, o som da rua, o relógio, o tempo... faz tempo, mas sempre parece que foi ontem. Acho que foi (outra vez) na quarta. 

Legião Urbana - Love In The Afternoon

sábado, 14 de junho de 2014

Sonhos e Sons

Num trânsito dos menos agradáveis, na volta pra casa, o som do carro tocava aleatoriamente as músicas do pendrive. De repente a escolha traz a música mais bonita (e mais triste, na minha opinião) do rock nacional.

De imediato pude ouvir minha mãe, como se estivesse sentada ao meu lado, dizendo: Essa música é linda! Com certeza ela cantaria toda, alto e rindo dos outros nos carros ao lado se assustando com suas gargalhadas. E como sempre, essas lembranças vêm trazer à tona tudo, o mundo, o tempo, as histórias...

A cabeça voltou alguns anos e de repente foi atrás, na noite anterior. Me encontrei com minha mãe nas ruas. Ela tão feliz, me segurando pelas mãos e levando pelas quadras, praças. Parecíamos estar na nossa cidade, mas ao mesmo tempo não conseguia reconhecer alguns dos espaços por onde andamos.

Eu não disse nada, não conseguia falar por conta do choro. Queria avisá-la, mas sabia que aquilo nos afastaria outra vez. Só chorava, enquanto ela fingia não ligar/ver a minha reação. Ah, que saudade daquele sorriso, daquelas gargalhadas. Haja choro!

Enquanto isso, o trânsito seguia se arrastando numa média de 10 km/h. Cada frase cantada remetia a cada lágrima sonhada. Mas as choradas agora eram reais, quentes, úmidas e salgadas. Tentava acompanhar o Renato, mas volta e meia engasgava em uma estrofe, ou no refrão.

Repeti a canção até chegar em casa, onde minha tia me trouxe outra lembrança (por conta dessa canção) numa praia perto de Salvador (BA), outro momento onde minha mãe também estava. De tarde, querendo descansar, chegando até a praia e vendo se o vento ainda estava forte...

Legião Urbana - Vento no Litoral

domingo, 8 de dezembro de 2013

Brasil: O país do futuro (distante)

Nas últimas semanas duas pesquisas interessantes foram divulgadas a respeito do Brasil. Um pouco ofuscadas pela ansiedade dos torcedores brasileiros/mídia com o sorteio dos grupos da Copa 2014. Os dados classificam nosso país quanto à corrupção e a educação.

A primeira pesquisa aponta o Brasil em 72º lugar no ranking da corrupção. Uma ligeira "melhora" para nós que, no ano passado, estávamos em 69º. A classificação é feita com base em opiniões de especialistas, empresários, agências de risco, investidores e pesquisas de 13 entidades internacionais sobre a percepção que eles têm sobre a transparência do poder público dos países avaliados.

Já na educação o Brasil também vai mal. Dos 65 países classificados, ele está em 58º lugar. O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, em inglêsavalia três áreas do conhecimento: matemática, leitura e ciências. As avaliações acontecem a cada três anos e em 2012 a matemática foi a área avaliada. Apesar de sermos o país que apresentou a maior melhora na pontuação, o índice ainda é preocupante.

Retomo ao primeiro parágrafo, onde falava sobre o entusiasmo e a euforia sobre o sorteio do campeonato mundial de futebol. Porque não fomos avaliados quanto ao desempenho em Copas do Mundo? Existe em todos nós um monstruoso conformismo quanto às questões avaliadas e citadas acima. Concordamos que somos um país corrupto e nossa educação a pior. Mas o que fazemos quanto a isso?

Buscamos a melhor escola particular que cabe no nosso orçamento e lá matriculamos nossa cria. E quanto a corrupção? "Isso aí não tem jeito", "É tudo igual, só muda a sigla do partido", argumentam alguns. Outros são bem claros, "voto em branco", ou então "voto no fulano, é tudo corrupto, mas ele é melhor pra mim". 

É isso companheiros, não estamos nem aí para as pesquisas, avaliações, índices e pontuações. Queremos a taça, a sexta estrela no peito. Nosso conformismo, enquanto não nos afeta diretamente, faz com que isso não seja nenhum problema direto. As manifestações que reivindicavam 6 milhões de coisas (tudo, ao mesmo tempo, agora) que ocorreram este ano, foram apenas um alvoroço (#ogiganteacordou), disperso com alguns tiros de borracha, sanções presidenciais meia-boca e misteriosos grupos de mascarados (que não eram ninjas, mas surgiram do nada) para desarticular estrategicamente o movimento.

E a cereja do bolo é que a mídia divulga essas pesquisas para cumprir seu papel social de levar a informação ao povo, mas principalmente para que as classes média e alta digam: "Eu quero é novidade!", enquanto leem a informação de seus smartphones, tablets, notebooks e afins, assistem em suas TVs de LED/LCD (já compradas para o mundial), ou escutam no rádio dos seus carros.

Legião Urbana - 1965 (Duas Tribos)

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Menor Idade Penal?


Dias atrás me questionava e conversava a respeito da redução da maioridade penal, relembrando e vendo alguns casos de menores infratores na TV. Difícil opinar, mas com certeza o que precisamos não é a redução. Antes que me preguem na cruz, quero deixar claro que sou a favor de adolescentes responderem por seus atos.

Mas o que acontecerá depois que reduzirem (caso isso aconteça)? Teremos jovens de 16 dentro de celas que já não cabem mais nem os marmanjos com mais de 18? Será, então, uma questão de tempo até que se peça a redução para 14, 12, 10...

Redução, infelizmente não é solução para o Brasil (pelo menos até os dias de hoje). Nem sei se tem sido solução em outros países onde isso já é uma realidade. Talvez a solução esteja na maior oferta de trabalho, creches, escolas e vários outros pontos que os contrários à redução sempre defendem.

Só que, mesmo não concordando com a redução, para curto prazo é difícil ver outras possibilidades . A juventude está perdida entre drogas e violência. Todos os dias adolescentes (e cada vez mais crianças) protagonizam atos de violência. Matam, roubam, sequestram e aterrorizam o dia-a-dia dentro das cidades.

Não sei se por culpa do "sistema capitalista"; se por culpa dos "pais" que largaram as "mães" sozinhas e não criaram nem assumiram sua responsabilidade com seus filhos; se por conta das mães de família que precisam trabalhar de domingo à domingo e não têm com quem deixar os filhos e (muitas vezes) os netos; se pelas crianças abandonas ao descaso nas ruas ou se por 200 outros motivos que cada um pode listar.

Não vejo luz no fim desse túnel. Pelo menos para amanhã, ou depois, não sei o que poderíamos fazer. Mas algo deve ser feito com urgência. A redução é um paliativo, que trará ainda mais problemas para nosso país com um sistema prisional tão desumano e cruel. O investimento em educação leva tempo, um tempo que muitos de nós não teremos até que ele se conclua.

Enquanto a pobreza, a criminalidade e a ignorância forem moedas de troca a cada quatro anos e nós eleitores/cidadãos nos submetermos a isso, é impossível esperar soluções eficazes. Até porque todos esses problemas movimentam questões financeiras muito maiores.

O tráfico e o crime organizado recrutam milhares de jovens soldados a cada novo dia, oferecendo o "status" que nossa TV vende a todo instante. O sexo e as drogas em excesso tornaram-se "culturais" dentro da sociedade. Enquanto a violência, enlatada e vendida pela América do Norte estimula um milionário e grandioso mercado de armas (fabricadas lá, por sinal).

A família não é mais um referencial (por favor não venham me dizer que o apoio ao casamento homoafetivo destruiu a família, pois muitas crianças abandonas por "héteros" têm garantido seus lares nessas famílias) e as religiões correm atrás do prejuízo, mas não conseguem salvar muit@s tanto quanto gostaria e deveria. Até porque a fé está em desuso e fora de moda no modelo sociocultural moderno, que precisamos nos enquadrar. Além disso, muitas religiões pregam tanto preconceito e intolerância (religiões que estão mais perto do que muitos imaginam) que fica difícil imaginar as coisas melhores.

E enquanto não se resolve tudo isso o que fazer?

Até lá, cabe a cada um cuidar dos seus, mas pensando e respeitando o outro. Caridade, respeito, compaixão, perdão... o cultivo do bem continua sendo a melhor saída e a melhor proteção (ainda que a crueldade e o interesse não respeitem nada disso) enquanto todos não aprendermos a lutar pela igualdade de direitos.

Legião Urbana - Mais do Mesmo


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Pensamentos para a morte

Uma notícia sobre a morte de dois jovens em minha cidade me deixou preocupado. Não os conhecia, talvez um deles eu saiba quem seja, mas apenas de vista. Se for de fato quem penso que seja, já o vi uma dúzia de vezes em festas, ou pelas ruas da cidade. Mas acredito que minha preocupação tenha a ver com a forma como eles morreram, ou até mesmo por serem jovens.

Pensei em mim, jovem ainda e motorista, que também faz o mesmo trajeto e que, volta e meia, acelera para chegar logo em casa. Me aliviei por não ser dependente das drogas para ter uma noite divertida, o que quase sempre é um agravante em acidentes de trânsito. Diria até mais, é um fator decisivo em acidentes de trânsito, de madrugada, nos fins de semana.

Na mesma noite Whitney Houston também morreu. Afogada, devido os calmantes, ou pela mistura dos remédios com o álcool? Ficam as perguntas a serem respondidas daqui semanas. Independente das coincidências e diferenças que possam haver entre os dois casos, sei que são acontecimentos assim que nos alertam para a vida. Quanto a colocamos em risco? Quanto a desperdiçamos, a desafiamos, ou mesmo a desprezamos?

Pra piorar minha tensão, reparei que ultimamente há um certo tom de despedida em meu discurso. “Pronto, meu nome tá no topo da lista”, pensei deitado em minha cama. E se houver de fato uma premonição nisso tudo?, tratei logo de levantar e pegar o laptop pra rascunhar qualquer texto que se torne póstumo. Até mesmo uma ligeira pontada no coração que volta e meia acontece, resolveu dar as caras hoje.

Logo me veio a pergunta: Como você quer morrer? A resposta óbvia é, “não quero morrer de jeito nenhum”. Mas entre tantas terríveis e possíveis maneiras que cabem à morte, acho que a escolha seria pela maneira menos dolorida e angustiante, como qualquer um escolheria se fosse possível.

Pronto, escolhida a maneira. Agora precisaria definir a data. Isso seria algo indefinido pra qualquer um. Nos momentos de raiva, ou tristeza já quis a morte, então essa data sofreria constantes mudanças só por isso. Uma escolha razoavelmente interessante seria da morte logo após o nascimento, para não ter raciocínio nem expectativas quaisquer sobre a vida. Mas como disse acima que não queria passar por este momento, optaria por nunca morrer. Enfim, tendo de definir prazos iria querer o mais distante possível.

Tentei pensar em mais coisas para me questionar e depois de muito tempo me veio a palavra, Onde. Nunca havia pensado em local para morrer. Deitado em minha cama? Talvez fosse melhor vendo o pôr-do-sol, na beira da praia, numa cachoeira, em um belo bosque, no jardim, na rede sob a sombra de uma árvore... comecei a imaginar tantos lugares que de repente me vi sorridente e criando expectativas sobre minha morte.

O que levaria comigo? Outro sorriso veio, seguido por uma gargalhada. Tantas histórias surgiram, tantas pessoas, tantos cheiros, gostos, cores..., mas levaria apenas as lembranças. E só de lembrar já me trazia uma felicidade imensa de ter vivido boas histórias em minha vida.

O trágico deu lugar ao lúdico. Tornar a morte bela foi só uma questão de pergunta. Me dei conta que mesmo a morte tem lá suas coisas boas. Se é que podemos ver dessa maneira. E para acabar com toda alegria me perguntei: Quem eu queria ver antes de morrer? O nó na garganta trouxe alguns nomes à cabeça, mas dizer um apenas seria injustiça. Preferi optar por Deus. Acho que vê-Lo seria, antes de mais nada, um bom sinal.

Legião Urbana - Música Ambiente

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Últimos capítulos sobre a história do amor

De repente o amor se perde. Resolve se esconder e leva aquele friozinho na barriga, aquela ânsia por um telefonema, pelo horário em que se vai encontrar a pessoa amada.

Parece loucura, mas um dia tudo some. Você se questiona, tenta, tenta, tenta e percebe que de fato aquelas reações todas já não existem.

No primeiro momento vem a culpa, a dúvida, o medo de sair da zona de conforto e voltar à estaca zero. Então você resolve fingir que tudo está igual como era antes.

No momento seguinte vem a impaciência. Os defeitos tornam-se incômodos, deixam de ter a ternura de antes e viram uma espécie de dor de cabeça chata e persistente.

No final, como um campo minado, qualquer movimento aciona o dispositivo e as explosões surgem sucessivamente. Multilando e matando tantas histórias.

Percebe-se que haviam mais ideais e ilusões do que realismo ao enxergar o que se viveu. Viver feliz para sempre torna-se, então, uma frase de contos de fada.

Será que um dia encontro quem me complete?, você volta a se fazer a velha pergunta de sempre.

Legião Urbana - Antes das seis

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Dicionário Musical: amor

Amor: afeição profunda; objeto dessa afeição; conjunto de fenômenos cerebrais e afetivos que constituem o instinto sexual; afeto a pessoas ou coisas; paixão; entusiasmo.

Legião Urbana - Antes das seis*

*O vídeo é uma montagem feita com uma animação francesa

Djavan - Um amor puro



Roberta Campos - Quem sabe isso quer dizer amor*


*cenas da novela Viver a vida, Rede Globo de Televisão

Chico Buarque - Eu te amo


Ivete Sangalo - Meu maior presente


Nenhum de Nós e Duca Leindecker - Paz e amor


Gal Costa e Elis Regina - Amor até o fim

terça-feira, 13 de julho de 2010

Dia Mundial do Rock

Hoje o rock comemora o seu dia. O estilo que conquistou o mundo com os garotos de Liverpool (The Beatles) e é feito, nas mais variadas vertentes, pelos quatro cantos do planeta. No Brasil, o rock ganhou força na Jovem Guarda influenciado diretamente por Paul, John, Ringo e George.

Na década de 1980, o estilo volta às rádios brasileiras com uma nova geração. Novas bandas e novos roqueiros que protestavam, debochavam e falavam de amor sob o som das guitarras. O rock nacional se consolidava e mostrava que também tinha seu espaço no país do samba, da bossa nova e da mpb.

Legião Urbana - Quase sem querer


Os Paralamas do Sucesso e Edgard Scandurra - Trac Trac


Biquini Cavadão - Zé ninguém


Kid Abelha - Como eu quero


Lulu Santos - Tempos Modernos


Marina Lima e Liminha - Fullgás


Engenheiros do Hawaii - Infinita Highway


Barão Vermelho - Maior Abandonado/Milagres/Subproduto do Rock


Entre o intervalo de décadas da Jovem Guarda e o Rock anos 80, Rita Lee e Raul Seixas mantiveram o som vivo e pulsante. A dupla tornou-se a ponte entre as duas mais importantes gerações roqueiras do Brasil.

Não é à toa que Rita e Raul são considerados os vovôs do rock nacional. Rita Lee, ruiva e bela começou sua carreira entre os Mutantes. Raul Seixas saiu da Bahia para o Rio de Janeiro onde tocou na banda de Jerry Adriani durante a Jovem Guarda.

Titãs e Rita Lee - Televisão


Raul Seixas e Marcelo Nova - Carpinteiro do Universo

domingo, 13 de junho de 2010

Santo Antônio

Comemora-se hoje o dia de Fernando de Bulhões, mais conhecido como Santo Antônio. Um dos santos mais populares do Brasil, também é conhecido por ser o padroeiro dos pobres e ser o santo casamenteiro. Salve Santo Antônio e os casamentos concedidos a seus devotos. A comemoração é a primeira das três festividades dedicadas aos santos no mês de junho. Festas que motivam as festas juninas, tradicionais em todo o país.

Isabella Taviani - Diga sim pra mim


Marisa Monte - O bonde do dom


Vanessa da Mata - Case-se comigo


Legião Urbana - O descobrimento do Brasil

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Sexo, drogas e Legião

A tríade, sexo drogas e rock'n roll é uma antiga combinação. Pesada para alguns, mas trivial para uma grande maioria. Atualmente a trilha não é necessariamente o bom e velho som das guitarras. Outras vertentes do ritmo, ou primas e parentes distantes (de estilos totalmente diferentes) substituem o rock.

Mas pra mim a combinação original ainda é a melhor opção. Mais viciante e instigante. Que beleza terminar tudo e sentir-se aliviado. A sensação de que você pôs pra fora algo que incomodava. Acho que isso dá um duplo, ou até triplo sentido pra coisa. Tudo bem, a intenção é mesmo essa.

Sexo, pra relaxar. Pra saciar a necessidade, o instinto animal. Quando o faro capta a oportunidade, logo o organismo se prepara, se predispõe para o coito, o ato final. Sim, libido em altas dosagens. Freud já explicou o ser humano e suas motivações por conta da libido, comigo não funciona diferente não. Sexo é pra se ter prazer, pra ser sacana e sujo. Sexo com pudor e com frescuras... é melhor se trancar no banheiro e resolver sozinho.

Drogas, pra imaginar. Pra cabeça se distrair do mundo real. Às vezes é foda o peso do mundo e o stress do dia-a-dia. Mas eu prefiro o envolvimento com drogas lícitas. Elas já conseguem dar conta do serviço e não preciso "viajar" tanto pra me sentir bem. Tudo devidamente ingerido em bons goles gelados. Álcool é bom que também atiça. Mexe com a libido e deixa as coisas ainda melhores.

Legião, pra pensar. Pra lembrar de tudo e pensar na vida feito um condenado que não tem mais nada pra fazer do que pensar, pensar e pensar. As drogas, ingeridas antes e durante, controlam isso. Não deixam a realidade ser demais e o som da Legião não deixa que me distraia tanto. Lembrar dos erros, dos acertos, momentos bons e ruins e pensar que o futuro pode ser ainda melhor. Ah!, quantas lembranças vividas a cada estrofe cantada pelo Renato. Acho que fomos amigos e ele sabia tudo o que se passava na minha vida (na minha e na de tantos outros fãs).

Mas a noite de ontem foi ótima. A combinação perfeita e ainda me inspirei para páginas e mais páginas nos meus cadernos. Quando a cabeça se acomodou no travesseiro, o sorriso cresceu no rosto e os olhos se fecharam tranquilos. Boa noite vini. Boa noite!

Legião Urbana - Só por hoje

terça-feira, 1 de junho de 2010

Erros

Sentados ali naquela lanchonete me lembrei de tantas coisas boas que quase perdi a hora e o ônibus pra casa. Rimos, falei minhas bobagens, usei das minhas tiradas e sacadas rápidas enquanto comíamos e fazíamos daquele momento um encontro sagrado.

Reparando nas duas, lindas e loiras como sempre, sorri e me vi feliz por estar rodeado por grandes pessoas. Uma família especial, amigos que me querem bem, amores intensos e belos... perfeito! De repente lembrei dos erros, nenhuma dessas pessoas era perfeita. Que bom, isso foi um alívio.

Também imperfeito, percebi que sou rodeado de seres humanos. Gente que sofre, que ri, que sente dor, medo, frio e vontade de fazer alguma besteira. Me vi na mesma situação. Fazendo burradas, acertando, vacilando, mas em movimento e em busca de fazer o melhor.

Que bom que me reconheci nos erros. Me fez lembrar que é sempre mais fácil apontar o dedo do que bater no peito e reconhecer onde se enganou. Pedir perdão ou aceitar o perdão. Como é complicado desculpar ou perdoar algum engano que foi cometido contra a gente.

E olha que me fizeram "enganos" cruéis. Sem lamentações, sem "vitimismos" e sem dramas. Tudo resolvido quando a gente puder entender que enquanto formos humanos vamos ter de lidar com os tais erros alheios (e os pessoais também).

O esforço diário é o de errar menos, por mais humano que isso seja. O excesso ou a constância de erros nos torna desumanos demais. E isso sim, é um erro imperdoável.

Legião Urbana - Eu sei

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Mudanças

Acordei assustado e o despertador ainda não havia tocado. É quase sempre assim, o relógio biológico se adianta e fica tudo resolvido. Esperei a casa se acalmar e ter o banheiro desocupado, só pra mim. Tim Maia e eu cantando alto e a água quentinha me acordando. A voz potente do Tim é muito foda. Ninguém o barra e gosto de tentar acompanhá-lo, me divirto muito. O banheiro parecia uma sauna com a janela e o espelho embaçados e o vapor criando ali dentro uma neblina.

Uma boa história e a boa companhia da Michelona fizeram o tempo passar correndo até chegarmos na casa da Michelle. Logo nós três, e todos os outros amigos que estavam ali, carregavam caixas e ajudavam na mudança da minha amiga-irmã que agora iria, de fato, construir seu lar e sua família. Novos desafios, novas alegrias e abandonar uma antiga vida. Enfim, casar é bem mais complexo do que uma simples mudança de móveis e objetos pessoais.

Quando eu menos esperava você me ligou e veio nos ajudar também. Fiquei feliz, acabei te vendo e passamos todo o dia juntos. Lavar o banheiro? Como nossas mentes são maquiavélicas, hein? Se o Lula estivesse ali diria: Nunca, na história desse país, uma lavagem de banheiro foi tão boa como essa.

Assim como os móveis que estávamos mudando e ajeitando em seu novo lar, acho que em nossa vida tem sido igual. Arrumamos coisas que antes estavam em outro lugar, bagunçadas. Sentimentos que estavam ali e hoje se encontram aqui, com a gente. Os lances que te aconteceram de ontem pra hoje e todo o mais, enfim as nossas mudanças internas.

Minha cabeça pensa muitas coisas e não consegue entender como recebi você de presente. Talvez o meu medo seja de lhe causar algum mal. Você é uma joia que deve estar protegida e ao mesmo tempo no pescoço, onde todos possam admirar. Exuberante, reluzente e em harmonia com o restante. Você tem me mudado, tem mudado minha vida de uma forma brusca e sutil, ao mesmo tempo.

Já que você me elogia tanto, deixa eu retribuir também. Deixa eu te beijar logo que a gente tem que abrir esse banheiro e terminar de ajeitar as coisas lá fora, porque aqui dentro já está tudo certo.

Legião Urbana - O mundo anda tão complicado

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Brasília 5.0

Minha bela cidade chega aos 50 anos. Uma senhora menina, com problemas, com virtudes, feita de gente e sujeita a erros e acertos. Uma cidade viva, ampla, com espaços para não sufocar aqueles que se apaixonarem pela sua arquitetura. Uma cidade seca, empoeirada, verde, concretada e coberta pelo céu mais bonito do mundo. Parabéns Brasília, te amo!

Alceu Valença - Te amo Brasília




Os Paralamas do Sucesso - Vital e sua moto




Biquini Cavadão - Eduardo e Mônica




Djavan - Linha do Equador





Legião Urbana - Dezesseis




Os Paralamas do Sucesso - Brasília 5:31


Brasília 5.0

Minha bela cidade chega aos 50 anos. Uma senhora menina, com problemas, com virtudes, feita de gente e sujeita a erros e acertos. Uma cidade viva, ampla, com espaços para não sufocar aqueles que se apaixonarem pela sua arquitetura. Uma cidade seca, empoeirada, verde, concretada e coberta pelo céu mais bonito do mundo. Parabéns Brasília, te amo!

Alceu Valença - Te amo Brasília


Os Paralamas do Sucesso - Vital e sua moto


Biquini Cavadão - Eduardo e Mônica


Djavan - Linha do Equador


Oswaldo Montenegro e Zeca Baleiro - Léo e Bia


Legião Urbana - Dezesseis


Os Paralamas do Sucesso - Brasília 5:31

domingo, 28 de março de 2010

Canções Amigas

Cachos pra lá, cachos pra cá... já tive uma namoradinha que era quase um clone. Nossos cabelos cacheados e escuros eram uma das inúmeras afinidades. Que menina bacana, que amiga e vizinha fantástica. Nossa adolescência boba e cheia de histórias resultou em uma paixãozinha.

Foi bacana, hoje somos colegas de profissão e ainda bons amigos. Ela noiva e feliz com sua pequena e gostosa filhota. Eu com minha cachorra, meus peixes, meus blogs e histórias pra contar. (hehehehe)

Das muitas besteiras e coisas divertidas de adolescente, a sua risada era o que mais gostava. Ríamos da sua risada. Seu riso soluçado, ou soluço risonho? Uma risada interrompida por uma falta de ar que, rapidamente, retomava o fôlego e ria novamente. Como diria Renato Russo: "um sorriso bobo, parecido com soluço".

Legião Urbana - Vamos fazer um filme

sábado, 27 de março de 2010

Momento Renato Russo

Se fiquei esperando meu amor passar

Se fiquei esperando meu amor passar
Já me basta que então, eu não sabia amar
e me via perdido e vivendo em erro
Sem querer me machucar de novo
Por culpa do amor

Mas você e eu podemos namorar.
E era simples: ficamos fortes.

Quando se aprende a amar
O mundo passa a ser seu.
Quando se aprende a amar
O mundo passa a ser seu.

Sei rimar romã com travesseiro
Quero a minha nação soberana
Com espaço, nobreza e descanso.

Se fiquei esperando meu amor passar
Já me basta que estava então longe de sereno
E fiquei tanto tempo duvidando de mim
Por fazer amor fazer sentido.

Começo a ficar livre
Espero. Acho que sim.
De olhos fechados não me vejo
E, você sorriu pra mim.

"Cordeiro de Deus que tirai os pecados do mundo,
Tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus que tirai os pecados do mundo,
Tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus que tirai os pecados do mundo,
Dai-nos a paz."

Legião Urbana - Se Fiquei Esperando o Meu Amor Passar / Será

sábado, 13 de março de 2010

Há um ano...

Tempo é de fato algo relativo. Ele voa, ele se arrasta e quando vemos lá se foi um ano. Um ano? Um ano atrás minha vida deixou de ser a mesma e passou a ser outra. Passou a ser a vida que terá de ser daqui pra frente.

Há um ano tive minha pior ressaca.
Há um ano dei meu melhor beijo.
Há um ano senti minha maior culpa.
Há um ano fiz meu melhor sexo.
Há um ano tive meu maior medo.

Há um ano sorri meu maior sorriso.
Há um ano recebi meu maior carinho.
Há um ano pedi que o tempo parasse.
Há um ano inventei qualquer pretexto
Há um ano implorei que o tempo passasse.

Há um ano me feri.
Há um ano me curei.
Há um ano vivi.
Há um ano morri.

Há um ano achei meu abrigo.
Há um ano descobri o perigo.
Há um ano expus meu ponto fraco.
Há um ano me tornei um segredo.

Há um ano tive meu maior amor.
Há um ano senti o frio mais intenso.
Há um ano senti o calor mais devastador.
Há um ano vivi minha maior dúvida.
Há um ano tive minha maior certeza.

Há um ano me derrotei.
Há um ano me venci.
Há um ano me senti imundo.
Há um ano me purifiquei.
Há um ano me senti completo.
Há um ano fui sozinho.

Há um ano já não sou mais o mesmo.
Há um ano me tornei dependente.
Há um ano me libertei do meu vício.

Há um ano não faço planos.
Há um ano eu tenho sonhos.
Há um ano fui certeza.
Há um ano fui engano.

Há um ano eu errei.
Há um ano eu acertei.
Há um ano fui feliz de verdade.
Há um ano você destruiu tudo que havia em mim.
Há um ano sinto saudade.
Há um ano descobri o amor e não consigo mais dormir.

Legião Urbana - Metal contra as nuvens

sábado, 6 de março de 2010

Canções noturnas

Renato Russo, mesmo em seus álbuns mais sombrios ainda conseguia se manter em conexão com seus fãs. Suas letras, ainda diziam e serviam de elo com seu público. Hoje trago a canção Quando você voltar, do último álbum da Legião Urbana, A Tempestade, (último lançado com Renato ainda vivo).

Legião Urbana - Quando Você Voltar

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Dicionário Musical: dor

Dor: mágoa; aflição, dó; condolência; remorso.

César Camargo Mariano e Pedro Mariano - Tem dó


Zélia Duncan - Dor elegante


Exaltasamba - Chegamos ao fim


Legião Urbana - Angra dos Reis


Jota Quest - O Sol


Tim Maia - Se me lembro faz doer

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Música imigrante

Boa parte dos brasilienses são netos de candangos, aqueles que largaram sua terra para ajudarem na construção da capital e talvez construírem um futuro melhor para sua família.

O post de hoje homenageia os imigrantes pelo seu dia. Pois foram eles que construíram esse patrimônio da humanidade, no meio do cerrado. Começamos pelo imigrante mais conhecido de Brasília e da música nacional.

Legião Urbana - Faroeste Caboclo


F.U.R.T.O e Marisa Monte - Desterro