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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Encontros Musicais: 31/01

Os encontros de hoje trazem a participação de grandes nomes da música brasileira. Barão Vermelho convida uma das vozes mais potentes que nossa música já viu, ninguém menos que Ed Motta.

Em seguida, Arnaldo Antunes conta com a ajuda da guitarra inconfundível do amigo Edgard Sacandurra. Enquanto Skank e Nando Reis fecham o post de hoje homenageando o mestre luiz Gonzaga.

Barão Vermelho e Ed Motta - Quem me olha só


Arnaldo Antunes e Edgard Scandurra - Judiaria


Skank e Nando Reis - Vem morena

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Todo dia é dia de música popular brasileira - parte 2

Hoje quero trazer mais pessoas fundamentais à nossa música. Como você entende o conceito de música popular? João Gilberto, com sua voz "tímida", violão nas mãos e silêncio absoluto na platéia, ou Carmem Miranda com sua exuberância e seus balangandãs?

Começamos pelas Gerais e (talvez) seu mais importante artista. Cantor e compositor, Milton Nascimento é um dos principais nomes da música, não apenas mineira, mas nacional.

Milton Nascimento - Travessia


Cazuza foi reconhecido por suas composições e vida fora dos padrões para uma sociedade assustada com anos de regime militar e cheia de falsos valores e moral duvidosa. Mas o poeta soube muito bem, na breve passagem pela vida e pela música se tornar grandioso e eterno.

Barão Vermelho e Cazuza - Codinome Beija-flor


Nos morros cariocas, Cartola viveu uma vida à margem do sucesso. Depois de muitos anos, olharam para o velho sambista e reconheceram a beleza e a verdade no samba feito de cima da favela e do fundo do coração. Samba que falava de amor, sofrimento e tudo aquilo que todos nós vivemos.

Cartola - Peito vazio


Acredito que nem mesmo Fagner achou que, lá atrás, quando Elis Regina gravou uma de suas canções, ele chegaria onde chegou. Não que ele não seja digno do sucesso que tem. Representando muito bem o Ceará, o compositor é um talento que genialmente se renovou nos últimos anos em sua parceria com o jovem Zeca Baleiro. Talento à parte, Fagner viveu muito tempo em uma briga judicial com a família da poetisa Cecília Meireles, que o acusava de plágio. Plágio ou homenagem, ainda bem que ele musicou a poesia e nos encantou.

Fagner - Canteiros


Cássia Eller é mais um daqueles casos de grandes talentos que perdemos prematuramente. A mulher tímida fora dos palcos se tornava grandiosa em cada apresentação. Com o rock nas veias ela soube também ser sutil e delicada em seu cantar.

Cássia Eller - O segundo sol


O nordeste também trouxe um rei aos nossos rádios e universo musical. Gonzagão foi rei do baião e representou uma parcela importante de um Brasil que surgia no século XX. Parcela essa que migrava aos grandes centros e ajudou a construir nosso país.

Luiz Gonzaga - Vida de viajante


Vamos à Bahia, ou seria Portugal, ou o mundo? Bem, Carmem Miranda nunca foi baiana, muito menos brasileira. A portuguesinha levou o Brasil no coração, já que veio muito nova com a família viver no país. Mas sua música, essa sim, era brasileiríssima.

Carmem Miranda - O que é que a baiana tem?


Não é à toa que Roberto Carlos é chamado de rei, ainda hoje. Ao lado de Erasmo compôs inúmeros sucessos, vendeu milhões de discos enquanto muita música "refinada" e "culta" vendia milhares de cópias. Canções de amor que acertavam em cheio militares, intelectuais e pessoas mais simples. Isso sim, foi música popular, mesmo que ainda hoje sofra preconceito.

Roberto Carlos - Detalhes


Jorge Ben Jor levou seu suínge e simpatia para o seleto grupo dos grandes da MPB. Carioca sangue bom, Ben Jor ainda hoje é referência e influência para muitos artistas nacionais e internacionais.

Jorge Ben Jor - Taj Mahal


A paraibana da família Ramalho sempre soube que o palco era seu lugar. Atriz e cantora, Elba não demorou para conquistar seu espaço e reconhecimento no cenário artístico. A cantora faz parte de um seleto grupo de artistas e amigos nordestinos surgidos na mesma época: Zé Ramalho, Alceu Valença e Geraldo Azevedo.

Elba Ramalho e Geraldo Azevedo - Frisson


Zé é tido por muitos como um profeta nordestino. Zé Ramalho é com certeza um dos grandes compositores de nossa música. Com canções geniais soube fazer de uma homenagem ao avô um sucesso, ou mesmo adentrar no universo sertanejo (ao lado da dupla Chitãozinho e Xororó) e conquistar novos fãs.

Zé Ramalho - Chão de giz


Enceramos por hoje com a serenidade baiana de Gilberto Gil. Talentoso compositor que foi vítima da ditadura, mas "deu a volta por cima" e hoje mostra sua genialidade. Ao lado de Caetano, Gal e Bethânia fez parte dos Doces Bárbaros e rodou por todo o país durante a década de 1970.

Gilberto Gil - Drão

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Música Animada - 5

O síndico volta às nossas animações musicadas. O vídeo também faz parte do relançamento do seu álbum, Racional, pela gravadora Trama, em 2006.

Tim Maia - Imunização Racional (Que beleza!)


Recentemente a galera do Rappa regravou Gonzagão com uma nova roupagem. O clipe é uma animação que reconta a guerra de Canudos na famosa versão "Rappa". Uma mistura que merece ser vista.

O Rappa - Súplica Cearense


Destacamos também Adriana Calcanhoto, na onda de clipes de animação. A cantora e compositora "animou" a música dos Mc's Claudinho e Bochecha. A faixa faz parte do álbum Adriana Partimpim, com canções voltadas ao público infantil.

Adriana Calcanhoto - Fico assim sem você


O vídeo abaixo talvez tenha sido o primeiro clip/animação que me lembro de ter visto. Titãs, ainda com Nando Reis no contrabaixo e vocais, e a música do especial acústico Mtv. O álbum, lançado em 1997 foi sucesso de crítica e vendas e deu início a uma fase acústica da banda que se desdobrou em outros cds.

Titãs - Os cegos do castelo

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Luiz Gonzaga: 20 anos de saudade

Entre 1930 e 1950 o rádio apresentou aos ouvintes brasileiros os populares programas de calouros. Destes programas saíram nomes como Ângela Maria, Cauby Peixoto, Jamelão e o "Rei do Baião", Luiz Gonzaga.

Uma monarquia marcada por um longo e belo reinado.O segundo dos nove filhos de Januário José dos Santos e Ana Batista de Jesus, Luiz Gonzaga do Nascimento nasceu em 13 de dezembro de 1912, na pequena cidade de Exu (PE), no sertão nordestino.

Aos oito anos começou seu reinado. Substituindo um sanfoneiro em uma festa da região, tocou e cantou durante toda a noite. Ganhou seu primeiro cachê e conseguiu amolecer o coração aflito de sua mãe, que permitiu ao pequeno Luiz seguir com sua carreira de sanfoneiro.

Luiz Gonzaga, Oswaldinho do Acordeon, Hermeto Pascoal, Dominguinhos e Fagner - Asa Branca



Com o exército, em 1930, seguiu por vários estados brasileiros e conheceu o Rio de Janeiro. Anos depois, voltou à cidade maravilhosa para partiipar dos programas de rádio da época. Mas o sanfoneiro apresentava sons diferentes daquele onde seria consagrado e por isso não conseguiu se destacar no começo de sua carreira de calouro. Retomando as origens musicais do seu sertão atraiu novos súditos, seduzidos por sua sanfona radiodifundida.

O resto da história são sucessos e mais sucessos. Herdeiros? Sim, o sucesso musical foi repassado a seu filho Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior (Gonzaguinha). No vídeo abaixo, ao lado do apresentador Júlio Lerner, Júnior entrevista o pai no extinto programa Proposta.



Gonzaguinha se tornou um dos grandes nomes da MPB, seja como intérprete ou como compositor. O filho também teve o pai como um de seus grandes parceiros musicais. Em sua discografia está um disco gravado pela "dupla" Gonzaguinha e Gonzagão.

Luiz Gonzaga e Gonzaguinha - Vida de Viajante



No dia 02 de agosto de 1989, após dias internado em um hospital de Recife, devido problemas causados pela osteoporose, Gonzagão morreu aos 76 anos. Em sua última subida aos palcos, meses antes, o rei declarava que "queria ser lembrado como o sanfoneiro que amou e cantou muito o seu povo, o sertão, que cantou as aves, os animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes, os valentes, os covardes, o amor...".

Luiz Gonzaga - Terra, vida e esperança




Seu enterro contou com a presença de uma multidão de amigos e fãs que juntos cantaram um de seus maiores sucessos “Nem se Despediu de Mim”.

Nem se despediu de mim
(Luiz Gonzaga - João Silva)

Nem se despediu de mim
Nem se despediu de mim
Já chegou contando as horas
Bebeu água e foi-se embora
Nem se despediu de mim
Te assossega coração
Esse amor renascerá
Vai-se um dia mais vem outro
Aí então, quando ele voltar
Quebre o pote e a quartinha
Bote fogo na tamarinha
Que ele vai se declarar