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quarta-feira, 2 de abril de 2014

Telefonema aos Mortos

Semanas atrás, no meio da tarde, o telefone tocou e por um segundo pensei em não atender. Antes não tivesse. Do outro lado o homem perguntou pela minha mãe...

Não sei o que aconteceu. Gaguejei antes de avisá-lo, extremamente enfurecido, que ela havia falecido. Não sei se a informação foi indiferente a ele, ou se eu estava abalado demais e não me lembro se ele ao menos se desculpou. Continuou a conversa querendo saber se havia algum pensionista, fiquei ainda mais puto, encerrei a conversa e logo desliguei.

Nunca, desde sua partida, me senti tão desnorteado com essa situação. Não soube o que fazer, mesmo que alguns amigos sempre me digam que fui forte e reagi bem à perda dela, não soube o que fazer.

A sensação estranha foi como se a vida me tivesse ligado para me lembrar da morte. Uma "pegadinha" sem-graça rolou nesse dia. Abriu-se um novo corte, profundo. Acho que a coisa mais sutil e doce que consegui chamá-lo foi de FDP, daqueles ditos de boca cheia.

Não houve choro, de imediato. Revolta, talvez. Como alguém que recobra a consciência e se lembra de TUDO o que se perdeu "apenas" com a morte de uma pessoa. Como se as mágoas e tristezas, dos quase dois anos, ficassem entalados na garganta e de repente saíssem. Mas o choro, esse está por um triz, por uma saudade qualquer.

Engenheiros do Hawaii - Perfeita Simetria

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Ensaio sobre discursos inflamados, marginais, postes, vingadores e jornalistas juízes

"O marginalzinho amarrado ao poste era tão inocente que invés de prestar queixa contra seus agressores ele preferiu fugir, antes que ele mesmo acabasse preso. É que a ficha do sujeito está mais suja do que pau-de-galinheiro. 

No país que ostenta incríveis 26 assassinatos a cada 100 mil habitantes, que arquiva mais de 80% de inquéritos de homicídio e sofre de violência endêmica, a atitude dos vingadores é até compreensível. O Estado é omisso! A polícia desmoralizada! A justiça falha! O quê que resta ao cidadão de bem, que ainda por cima foi desarmado? Se defender, claro!

O contra-ataque ao bandidos é o que eu chamo de legítima-defesa coletiva de uma sociedade sem Estado contra um estado de violência sem limite.E aos defensores dos direito-humanos que se apiedaram do marginalzinho preso ao poste, eu lanço uma campanha: Faça um favor ao Brasil, Adote um bandido!". Assim foi o discurso inflamado da jornalista do SBT, Rachel Sheherazade.

Quem deu o direito à jornalista de classificar o menor como "marginalzinho" e aos agressores de "vingadores"? O grande problema nisso tudo é alguém que está na frente das câmeras para milhões de pessoas (tem uma força e influência imensa) apoiar a violência, pregando o tal "olho por olho" como medida. Quem está na mídia precisa ser cauteloso ao falar. Mas sabemos que este não foi o primeiro, nem será o último discurso polêmico dela.


Engenheiros do Hawaii - Muros e Grades


Ainda q
ue se justifique pelo cansaço da impunidade e do abrandamento das leis para menores, o julgamento de qualquer ser-humano não deve ser feito nas ruas a revelia. Se assim for estaremos a um passo do caos e sem diferenciar pessoas do bem e os bandidos.


Para além de todo esse meu discurso no melhor estilo "defensor dos direitos-humanos", vemos inúmeros culpados nesse "conto de fadas". O menor "marginalzinho" que a colega não sabe e nem quer saber porque tornou-se um infrator e ela apenas sabe que tem um extensa ficha criminal, os "vingadores" que resolvem ir às ruas agredir quem transgride a lei, a jornalista que apoia a justiça feita com as próprias mãos, incentiva a posse de arma pelo cidadão e debocha da defesa aso direitos-humanos.

Trabalho há 3 anos com a população de rua. Sofri ameaças e agressões diversas, mas aprendi que, na maioria dos casos (especialmente de crianças e adolescentes), foram violentados e agredidos dentro de casa, sofreram as maiores violências possíveis por aqueles mais próximos e "confiáveis" e viram como refúgio as ruas e a marginalidade. E digo mais, nenhum quis estar num abrigo (principalmente público). Justifica a busca pelo crime, drogas e a violência? Não! tanto que conheço casos de pessoas que apesar de tudo mudaram sua história.


Criolo - Ainda há tempo


Talvez nenhum de nós tenha entendido plenamente o que a Rachel disse, mas garanto que alguns milhões ouviram a opinião dela como um apoio e incentivo à vingança, ao porte de arma, crítica ao governo, à justiça, à polícia e a falta de punição aos menores infratores (e no fim das contas acabou sendo tudo isso mesmo).

Como jornalista, digo que ela está eticamente errada. Como cidadão, entendo e apoio ela estar tão indignada com tanta impunidade, mas ainda assim não cabe a ela julgar quem quer que seja, aplaudir e incentivar o errado.


É preciso sempre estar bem atento àquilo que a TV/Rádio/Internet/Jornais nos vendem todos os dias. Há interesses, há muito mais do que nos levar notícias por trás do discurso inflamado de Rachel. No fim das contas foi-se a censura dos anos da ditadura e veio uma outra, pior. Velada, que nos traz a falsa sensação de ter acesso a tudo. E isso é mentira, recebemos as notícias maquiada de acordo com os interesses de quem a está noticiando e todos sabem disso.


Titãs e Rita Lee - A Televisão


Quando se fala uma coisa e interpretarem duas ou três existe um sério problema nisso. Quem tá exposto na mídia tem um poderio imenso perante o telespectador. Influencia muito na opinião e no pensamento de gente de pouca instrução (e até de quem tem acesso a muita informação, mas é alienado) e isso me assusta. Uma mensagem errada tem consequências trágicas. A história da comunicação traz vários casos. 

Rachel não está de todo errado, quando se coloca como uma cidadã indignada com os rumos da violência em nosso país, mas diferente do que seu discurso nos trouxe, o combate à violência nunca foi um problema exclusivo da justiça, polícia, governo e defensores de direitos humanos. Ela também tem seu papel/responsabilidade nisso. Bem como eu, você e qualquer outra pessoa, até mesmo o marginalzinho amarrado ao poste. Ninguém pode, nem deve ser um conformado com a impunidade e a violência extrema em que vivemos. O cidadão de bem não quer, não precisa, nem cogita ter uma arma em casa como solução à violência.

Estamos todos saturados de tanta violência, impunidade, escândalos e tragédias. Por isso, por todo esse clima tenso em que vivemos, qualquer faísca pode explodir. Precisamos nos indignar, reivindicar direitos, cumprir com deveres, mas (mais do que nunca) buscar a paz e a boa convivência. Precisamos de gente disposta a nos trazer novos caminhos, novas soluções para os velhos problemas e a melhor forma de se amenizar a violência. São certos discursos e pensamentos que incitam pessoas a acender rojões e lançá-los no meio da multidão, matando um cinegrafista, acreditando que isso é uma forma legítima de protesto à violência. Ou quem sabe, dizer que adolescentes negros e pobres circulando por um shopping oferecem perigo à classe média e aos ricos. Prudência, acho que foi isso que faltou à colega jornalista. 

Gabriel o Pensador - Até Quando?

terça-feira, 27 de março de 2012

Miseravelmente miseráveis

Quanto custa a bolsa de grife? O tênis de marca? O casaco importado? A bicicleta do vizinho? O carro vermelho italiano? O colar de diamantes? Os anéis de ouro? A calça da moda? O tablet de última geração? O celular sem teclado? A mansão na beira da praia?

Quantos dígitos são necessários para ter tudo isso?

Objeto de desejo de milhões, mundo a fora. Cada um dos poucos ítens citados acima trazem muito mais do que facilidade e utilidade. Eles carregam outros valores (além do financeiro) que fazem deles tão cobiçados, caros e especiais.

Quanto custa um copo d'água? Um prato de comida? Um par de chinelos? Uma camisa? Uma bermuda? Uma coberta? Uma cama? Uma casa de dois ou três cômodos? Uma escola? Um caderno? Um lápis? Um óculos? Uma cadeira de rodas? Um remédio?

O trivial, o ordinário, o comum, o rotineiro, precisa de quantas moedas para ser obtido?

A maioria, ou talvez todos nós, não sabemos o valor exato dessa segunda lista. Da primeira é bem provável que, se não soubermos tudo, tenhamos cerca de 95% dos preços gravados. Até mesmo acompanhando suas variações, por meses, na expectativa de que um dia caibam em nossos orçamentos.

Valores a parte, qual das duas listas é a mais importante? Qual é o fundamental e merece, de fato, ter um valor exorbitante agregado ao seu preço?

Para cada novo tablet vendido, milhões de crianças deixam de ir à escola todos os dias. Para cada bolsa cravejada de brilhantes, bordada com fios de ouro e recoberta com a seda da mais alta qualidade, centenas de milhares de famílias estão debaixos de viadutos, árvores, pontes ou jogadas em calçadas. Para cada prato refinado e exótico, temperado com ervas finas cultivadas em remotas regiões do planeta e preparado por um renomado chef, milhões morrem de fome e sede.

E daí? Todos sabemos disso, mas não nos damos conta quando estamos na fila com cada um dos ítens citados nas mãos, depois de meses, ou semanas, de economia.

O que nos difere dos miseráveis? Ambos queremos objetos valorosos, mas que não estão ao nosso alcance. Nós por luxo, eles por necessidade, desespero talvez. Somos igualmente miseráveis, mas em graus e escalas diferentes. Os mais debochados me dirão que a nossa miséria é evoluída, mas infelizmente ela é uma miséria mais miserável ainda. É quando o básico vira fútil e o dispensável se torna essencial.

Enquanto isso, vivemos como se nada acontecesse do lado de fora dos muros com cerca eletrificada e câmeras de vigilância. Mesmo vendo e sentindo a violência bater à nossa porta todos os dias.

Na verdade queremos ser as madames chiques do reality show da tv, que acham tudo uma loucura e brindam com suas taças de cristal às nove da manhã. Queremos ser os filhos do bilionário que têm um carro que ninguém mais no país tem e que vão a uma delegacia com cinco seguranças (dentro de outro carro importado) explicar que não tiveram culpa em atropelar e matar um ciclista.

O que nos sobra, nos faz falta, porque é essa "aparente sobra" que nos fará chegar lá em cima. Já para quem quer apenas sobreviver, o que nos sobra lhes faz tanta falta que muitas vezes eles morrem esperando que alguma ajuda venha.

Agora pergunto a todos, me incluíndo aí também: - Você mataria alguém para ter algum dos primeiros objetos citados lá em cima? Não!, todos responderemos (espero). Mas o quê temos feito para salvar essas vidas que se perdem a espera daquilo que nos sobra?

... , responderemos.

Engenheiros do Hawaii - Terra de Gigantes/Números


terça-feira, 13 de julho de 2010

Dia Mundial do Rock

Hoje o rock comemora o seu dia. O estilo que conquistou o mundo com os garotos de Liverpool (The Beatles) e é feito, nas mais variadas vertentes, pelos quatro cantos do planeta. No Brasil, o rock ganhou força na Jovem Guarda influenciado diretamente por Paul, John, Ringo e George.

Na década de 1980, o estilo volta às rádios brasileiras com uma nova geração. Novas bandas e novos roqueiros que protestavam, debochavam e falavam de amor sob o som das guitarras. O rock nacional se consolidava e mostrava que também tinha seu espaço no país do samba, da bossa nova e da mpb.

Legião Urbana - Quase sem querer


Os Paralamas do Sucesso e Edgard Scandurra - Trac Trac


Biquini Cavadão - Zé ninguém


Kid Abelha - Como eu quero


Lulu Santos - Tempos Modernos


Marina Lima e Liminha - Fullgás


Engenheiros do Hawaii - Infinita Highway


Barão Vermelho - Maior Abandonado/Milagres/Subproduto do Rock


Entre o intervalo de décadas da Jovem Guarda e o Rock anos 80, Rita Lee e Raul Seixas mantiveram o som vivo e pulsante. A dupla tornou-se a ponte entre as duas mais importantes gerações roqueiras do Brasil.

Não é à toa que Rita e Raul são considerados os vovôs do rock nacional. Rita Lee, ruiva e bela começou sua carreira entre os Mutantes. Raul Seixas saiu da Bahia para o Rio de Janeiro onde tocou na banda de Jerry Adriani durante a Jovem Guarda.

Titãs e Rita Lee - Televisão


Raul Seixas e Marcelo Nova - Carpinteiro do Universo

terça-feira, 15 de junho de 2010

A maçã ferida

Entrei na cozinha em busca de um sabor que não sabia ao certo qual seria. Observando as maçãs tentei achar a mais bonita e gostosa, a que estivesse próxima da perfeição. Maçã perfeita? Comecei a rir de mim e das minhas loucuras. Perfeição é mais uma daquelas palavrinhas que a gente nunca vai saber o que significa plenamente. O perfeito está sempre sujeito as imperfeições.

Quantas vezes me surpreendi com um dia perfeito e de repente vieram outros melhores ainda. E aquele, o primeiro, já não conseguia ser tão perfeito assim. Já era pouco pra mim, porque já havia mudado meu conceito de perfeição. Os beijos e noites perfeitas foram superadas em inúmeras outras noites.

E os seres humanos perfeitos? Ou são seres humanos, ou são perfeitos, não podem ser os dois ao mesmo tempo. Mas meu erro foi me esquecer dessa regra. E me horrorizar quando o meu super herói cometeu um crime. Eu não vi, mas suas mãos sujas de sangue o incriminaram fácil e inegavelmente. E agora, devo temê-lo ou continuar a adorá-lo? Já não consigo olhá-lo com os olhos brilhantes e infantis de antes.

Como criança arredia, corri para o quarto e debaixo das cobertas não quis acreditar que meu herói seria capaz de ser cruel. De perder sua justiça e ferir tanta gente inocente. De me ferir usando seus poderes e sua super-confiança. Com o passar dos dias tudo acabou se ajeitando. Feridos se recuperaram e o herói foi julgado e perdoado no fim. Pelo menos acredito que tenha sido assim.

Ele ainda nos protege? Não sei, desisti dos heróis. Acho que estou velho demais pra eles, então deixei-os nos meus quadrinhos. Os esqueci nas prateleiras empoeiradas e entendi que o transformei em herói sem ao menos saber se queria tais poderes e responsabilidades. Assim como eu, ele é apenas um humano. Somos iguais, então consegui deixar as cobertas e olhar nos seus olhos novamente.

Peguei a maçã que estava um pouco ferida no topo. Retirei a parte estragada e comi o restante da fruta. Aquela não seria a perfeita, à primeira vista, mas estava deliciosa como uma boa maçã tem de ser. Mais uma lição aprendida na cozinha: Não esperar demais das "maçãs" pode nos render boas (e saborosas) surpresas!

Engenheiros do Hawaii - Pra ser sincero

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Histórias cantadas

Quantos livros você já leu até hoje? Muitos? Poucos? Nenhum? Aproveite a data e comece, hoje, mais um (ou o primeiro). E já que o assunto é livro, apresento canções que trazem nos títulos os nomes de famosos personagens da literatura mundial.

Engenheiros do Hawaii - Dom Quixote


Zélia Duncan e Hamilton de Holanda - Capitu


O país possui tantas músicas que narram histórias que algumas poderiam, facilmente, se transformar em obras-primas da nossa literatura. É a música brasileira contando suas histórias no dia do livro.

Zizi Possi e Luiza Possi - João e Maria


Zeca Baleiro - Heavy metal do Senhor


Gilberto Gil e Os Mutantes - Domingo no parque


Legião Urbana* - Soldados

*Cenas do Filme Pearl Harbor

Nenhum de Nós - Camila, Camila


Racionais MC's - Diário de um detento


domingo, 18 de outubro de 2009

Todas as cores da música popular brasileira

Pintura e música fazem parte de um mesmo grande grupo, o das artes. Em comemoração ao dia do pintor a música brasileira traz suas tintas para colorir nossa postagem de hoje. Na aquarela de cores já cantadas por nossos artistas, trago várias opções para que você escolha a sua cor preferida.

Djavan - Lilás


Simone - Dia Branco


Vanessa da Mata - Vermelho


Leila Pinheiro - Verde


Caetano Veloso - A cor amarela


Engenheiros do Hawaii - Cinza


Maria Gadú e Leandro Léo - Laranja


Luiza Possi - Azul

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Todo dia é dia de música popular brasileira - parte 6

O reggae só ganhou espaço na mídia a partir da década de 1990 quando uma certa banda, chamada Cidade Negra, popularizou o som jamaicano por aqui. Popularizou literalmente, pois foi o reggae pop do grupo que abriu portas para inúmeras bandas surgirem nos anos seguintes.

Cidade Negra - Doutor


Muita gente não conhece, ou desvaloriza o talento de Osvaldo Montenegro. Este grande compositor de nossa música popular ainda não teve o destaque merecido na grande mídia. Infelizmente, talvez seja por isso que Oswaldo é pouco ouvido e apreciado pelo público.

Oswaldo Montenegro - Lua e flor/Agonia


O samba sempre nos apresentou grandes nomes da música, mas o Fundo de Quintal é um caso à parte. Tantos artistas surgiram no grupo e mesmo assim o Fundo de Quintal ainda possui monstros do samba. Já passaram por lá nomes como: Jorge Aragão, Almir Guineto, Sombrinha e Arlindo Cruz. Esta fábrica de talentos merece chegar onde chegou e ter seu espaço junto aos maiores da música.

Fundo de Quintal e Jorge Aragão - Lucidez


Ao lado do parceiro e irmão, Antônio Cícero, Marina Lima se destacou na década de 1980 com suas composições. Além das inúmeras canções, a roqueira pop "inventou" Lobão e o incentivou a seguir carreira solo, largando as bateras. Até metade da década de 1990 Marina teve seu lugar garantido em tvs e emissoras de rádio. Problemas de depressão e estresse afastaram a artista do palco, mas hoje ela vem retomando seu status dentro da MPB.

Marina Lima - Eu não sei dançar


Podemos dizer que Elza Soares é uma figura exótica de nossa música. A talentosa cantora muitas vezes ganha destaque pro ter sido esposa de Mané Garrincha, pelos namorados mais novos ou pela boa forma, mas ainda assim seu talento é inscontestável. Reconhecida internacionalmente por sua voz e seu canto, Elza vem de uma época em que belas vozes eram comuns de se ouvir, por isso para se destacar era preciso, também, muito talento.

Elza Soares - Saltei de banda


Levando a melodia no nome, nosso próximo grande artista transita pelo soul, rock, MPB, samba e blues sem a menor cerimônia. Luiz Melodia veio dos morros cariocas para conquistar o Brasil e o mundo. Além de compositor e cantor, Melodia tem se arriscado no universo da interpretação e se tornando, cada vez mais, um artista completo.

Luiz Melodia - Codinome Beija-flor


Ao lado de Gonzagão, foi o lendário Jackson do Pandeiro quem popularizou os ritmos nordestinos por todo o país. Cantor e compositor de forró e samba, Jackson também trazia em seu som o baião, o xote, o xaxado, o côco, o frevo, dentre outros. O artista é considerado o maior ritmista da música popular brasileira.

Jackson do Pandeiro - Chiclete com banana


Este é mais um caso daqueles em que a voz não é o forte do artista. A beleza está nas composições do genial Nando Reis. O que seria de Cássia Eller, Marisa Monte, Cidade Negra, Jota Quest, Zélia Duncan, Skank, Os Paralamas do Sucesso e Titãs, sem o talento desse cara? Difícil tentar explicar o quanto Nando tem se tornado fundamental à nossa música nos últimos anos. Autor de inúmeros sucessos, sua saída dos Titãs lhe permitiu ganhar mais espaço e destaque com seu belo trabalho.

Nando Reis - Me diga


Nos últimos anos o país se rendeu a mais um caso de talento nordestino. Lenine transita muito bem pelos mais variados estilos sem fazer parte de nenhum. Parceiro de Arnaldo Antunes e de vários outros importantes nomes de nossa música, o sucesso, ainda tímido, vem fazendo parte de sua carreira.

Lenine - Hoje eu quero sair só



Poeta, diplomata, boêmio, bossa nova... o que mais dizer de Vinicius de Moraes? Ao lado de Tom foi um dos geniais compositores de nossa música, reconhecido internacionalmente. Mas outro parceiro também elevou as letras do poeta, Toquinho também foi de fundamental importância na sua carreira e na nossa MPB. Se faltam palavras para falar de Vinicius, sobram belas canções.

Vinicius de Moraes e Toquinho - Tarde em Itapuã


O Rio Grande do Sul também deixou sua contribuição na nossa música. Além da soberana Elis Regina, os Engenheiros do Hawaii foram importantes representantes gaúchos na música nacional. Os estudantes de arquitetura foram uma das bandas que marcaram a década de 1980. Além deles, outra banda gaúcha também teve seu espaço no cenário roqueiro daquela época, o Nenhum de Nós. Mas com certeza o talento e a genialidade de Humberto Gessinger, líder e o único integrante que restou da formação original, se destacou em um período repleto de grandes compositores.

Engenheiros do Hawaii - Armas químicas e poemas