Aviso!

Proibida a reprodução ou uso dos textos do autor do blog sem a sua prévia autorização.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Forte ou fraco?

Com a xícara em minhas mãos me questionei, como se fosse um personagem de Shakespeare segurando o crânio. - Forte ou fraco, o que beber?, após a gaiatisse ri sozinho. Lembrei-me da infância, no tempo em que o café doce me encantava.

Tempos em que o bom era o gosto docinho, saboroso e encantador, principalmente para uma criança. Talvez a vida fosse assim, doce e saborosa como o café. E quem falou que ainda hoje ela não seja tão saborosa e doce quanto antes?

No meu diálogo comigo mesmo (que os professores de português e colegas jornalistas vejam isso como uma licença poética), o que em tese seria um monólogo, mas não foi, lembrei-me que hoje a preferência é pelo café de gosto forte.

O doce de antes não me agrada mais. Por quê sou incapaz de encontrar o meio termo entre o doce e o forte. Onde dosar, no açúcar ou na cafeína? Por quê mudar tanto um paladar? Perdeu-se o quê desde os tempos de menino?

Preciso aprender a dosar esse açúcar, não perdê-lo e nem exagerar na mão. Muitas vezes acho que tenho perdido essa medida na vida. Se por vezes ela vem forte, margeando o amargo, outras torna-se melada e enjoativa.

Se não achar uma solução entre o doce e o forte, quem sabe adicionar leite, chocolate e outras boas misturas para tornar melhor o meu café.

Fernanda Takai - Com açúcar, com afeto

Nenhum comentário:

Postar um comentário