Lá se foi agosto! Alguém disse, juntamente com um suspiro aliviado. Tentei ainda olhar pro fundo do ônibus e encontrar quem festejava o fim do oitavo mês. Não deu pra saber. Com tantos sorrisos, acho que todos no grupo compartilhavam daquele alívio.
Sorri, coloquei meus fones e apenas observei a vida lá fora. Admirei (mais uma vez) o caminho de volta pra casa. Ao longe um Ipê Amarelo ainda mostrava-se parcialmente florido. Lindo, como todos os ipês. Foi então que pensei no meu agosto. Por quê insistem em dizer que esse é um mês ruim?
Fui tão feliz, como sempre sou e estou em cada agosto, que não entendo o mal associado a ele. Se pudesse minha vida seria feita por doze agostos. Assim como se é. Seco, quente, empoeirado, mas florido e com o céu limpo e azul. Um ano totalmente "agostoso", como apelidei o mês.
Ontem, com meu amor nos meus braços, pude ver como um mês de intensa e extrema felicidade pode apagar todo o restante que tenha sido ruim. Já era setembro, mas ainda era tão bom como agosto. A noção de semana, mês e ano acabava ali. Tudo tinha se tornado um agosto eterno.
No fundo eu já sabia que este ano me seria um grande ano. As boas novas ainda estão chegando. Dosadas e muito bem distribuídas com o bom gosto de agosto. Por isso, chega dessa bobagem de pensar em meses ruins, anos ímpares/pares bons, ou dias de azar e sorte. A vida vem em ciclos e momentos para reflexão e para refazer planos e mudar atitudes.
Sei que, uma vez no ano, meu ipê há de florescer e convidar abelhas e borboletas para dançarem comigo. Tenho você, tenho meus agostos a cada vez que o mundo parecer cruel demais. Por isso te espero a cada fim de dia. Eternos agostos em minha vida.
Roberta Campos - Mundo inteiro
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
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