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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

A quem interessa a paz?

Nos últimos dias, jovens que tentaram evitar crimes foram vítimas da violência. Um espancado por defender um morador de rua, outro também espancado, mas até a morte, por tentar evitar o furto do veículo de um amigo. Quantas histórias violentas ainda serão escritas?

Nos dois casos, as vítimas foram covardemente agredidas por defenderem o certo. Contrariando preconceitos, antes que alguém diga algo sobre desigualdades sociais e coisas do tipo, os vilões foram jovens de classe média.

Gente que recebeu o mínimo de condições para ter o essencial. Na verdade preciso reformular a frase, gente que no mínimo teve de tudo, menos o essencial: educação e respeito. Mas para quem realmente interessa a paz?

Enquanto violência for o mais lucrativo dos negócios, não há motivos para diminuí-la ou extinguí-la. Há? A violência, apesar dos pesares, movimenta bilhões e se auto sustenta. Fabrica-se uma arma e para se defender dessa única arma é necessário outra, e mais outra, e mais outra, etc.

Afinal, quantas fardas, munições, coturnos, armamentos, carros, blindagens, alarmes, grades, cameras, aviões, muros, guaritas, granadas, condecorações, tanques, coletes, seguranças, policias, prisões, exércitos e delegacias são necessárias para a eficácia da paz?

Paz é um pouco mais do que faixas e passeatas.
Paz é, antes de mais nada, aquele mínimo que disse acima: educação e respeito.

Paulo Miklos - A paz é inútil para a nós

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