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sexta-feira, 12 de março de 2010

Sustos na madrugada

No início do desvio um carro estava parado. Ao lado, fora da pista, a moto com o farol acesso e a mulher que estava na garupa caída, com o corpo curvado, quase que abraçando a placa de sinalização do desvio. Próximo ao carro sete ou oito pessoas e outra jovem desesperada chorava.

O carro da polícia, mais à frente, servia de alerta aos motoristas que vinham distantes. Eu e Gabriel descemos correndo para tentar ajudar na retirada do motoqueiro que ainda estava debaixo do carro. Carol, assustada, pegava o telefone e ligava para Bruno e Carla, que vinham atrás em outro carro.

Próximos do local, o capô afundado nos mostrava a marca do impacto do motociclista no veículo. Lá embaixo ele gritava para que tirássemos o carro de cima dele porque o motor o queimava. Mesmo acostumado com cenas sangrentas, meu coração disparou com aquela agonia. Todos os motoristas e motociclistas que pararam ajudaram a levantar o carro. Tentei me abaixar para puxar o motociclista, mas ele mesmo rastejou e saiu dali debaixo.

Tonto, o homem se levantou e perguntou pela "menina" andando em direção à jovem caída perto da placa. Os policiais tentavam acalmá-lo e fazê-lo deitar para que aguardasse a chegada dos bombeiros. Com tudo de certa forma bem, voltamos para o carro com a certeza de que não havia mais nada que pudéssemos fazer ali.

Entramos no carro e tentávamos nos acalmar. O coração aos poucos relembrava o ritmo em que deveria bater.

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