Foi difícil pro velho falar. Sempre tão seguro e tão rápido no diálogo e nos pensamentos, agora ele se esforçava para não se perder e se fazer entender da melhor maneira. Sugeria uma ajuda psicológica, mas não o questionei. Para ele isso seria fruto de um surto de modismos, dúvidas, influências midiáticas e tudo mais, mas o lance ultrapassa tudo isso. Não é apenas uma questão tão superficial assim.
Ele estava comigo, como sempre esteve e sempre estará. No final saí vivo. Mais vivo do que nunca. Em paz comigo, com o mundo e ciente de que teria o amor e o apoio de todos que me importavam e se importavam comigo. Milagres?, pergutariam alguns. Pode ser, quando se acredita no divino as boas coisas surgem como se fossem. E os milagres estão aí a acontecer, todos os dias. Basta apenas ousar recebê-los com a alma limpa e pura.
Não são apenas milagres, é amor. Todas as possíveis formas de amor, geradas em meio a tudo isso. Tenho vivido cultivando e semeando o amor nos mais diversos corações e almas, eis que chegou meu momento de fazer a colheita. E essa colheita tem me rendido uma ótima safra. Colheita farta de grãos que saciam qualquer fome.
Caetano Veloso - Milagres do povo
quinta-feira, 17 de junho de 2010
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