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segunda-feira, 21 de junho de 2010

Outono, Inverno e Primavera

De noite tão frio, pela manhã tão quente e a sensação de que o tempo muda de uma hora pra outra, sem ser aos poucos. O inverno começou hoje, mas em alguns momentos do dia ele sumiu e era apenas mais um dia quente e seco. Talvez fosse algum resquício do outono de ontem.

Mas já era noite, já estava frio e estar dentro de casa era uma opção das mais quentinhas de se fazer. De frente para o computador me entretia com alguns vídeos quando meu sobrinho ouviu a voz infantil vinda da máquina e logo se aproximou encostando a cabeça no meu ombro, atento às pequenas colegas de infância na tela.

A bola, por um instante, estava desinteressante (assim mesmo, com rimas fracas mas que fazem entender). Sorri e passei meu braço pelos seus ombros o aconchegando ao meu lado. Assistimos ao vídeo. A canção não me era desconhecida, mas pra ele a letra não fazia a mínima importância. Interessante era ver as duas meninas cantarolando ali, fantasiadas, parecendo se divertir com tudo aquilo.

Acho que me vi criança também. Fantasiado, cantarolando algo e com a imagem do meu pai e seu violão de noite, depois que a TV estava desligada. A canção, também ouvida há muito, me remeteu a esse passado infantil e tão gostoso. Sim, com gosto de biscoito, bolo, chá e outras delícias da vovó. Gosto de trazer meus jogos pra que meu pai jogasse comigo após um dia de trabalho.

Pai. Nos últimos meses ele foi tão pai, que acho que nenhum outro conseguiria ser assim por completo. Generoso, amoroso, bondoso, compreensivo e se fazendo tão grande, ao se fazer humilde. Incompreendido por mim tantas vezes, ele foi quem mais me entendeu. Ele é onde, hoje, posso encostar minha cabeça e esperar seu braço me envolver para juntos assistirmos à vida.

Pato Fu - Primavera

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