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segunda-feira, 14 de junho de 2010

Insônia

Nunca antes havia me sentido de alguém. Que louco isso! Como se eu fosse um objeto, uma extensão de você, meu prazer agora dependia completamente do seu. Eu preciso de mais. Uma dose diária de você me cairia bem hoje. Talvez um pouco mais de ontem já me bastaria pra sobreviver por mais algumas horas. Horas de uma noite em claro, mas ainda assim me valeria.

Lua escondida em algum canto, noite linda e fria. Clareando o céu, o chão e os seus olhos. Que noite deliciosa. O perigo de sermos pegos. Os beijos ardentes. Os gemidos. O sexo... tudo moldado e nos servido. Você deitou sua cabeça no meu peito, como criança procurando abrigo. E eu apenas te olhava, encantado. "Me deixa te levar pra casa comigo e te colocar na cabeceira da minha cama?", pensei.

De repente teu perfume me veio. Daí lembrei do sexo, de conhecer cada detalhe do teu corpo, do nosso banho e tudo foi se reavivando na minha cabeça. Não que já estivesse morto, pelo contrário. Com tantas lembranças foi difícil não acordar. Foi difícil retomar o sono com tudo me deixando desperto.

Nando Reis e Erasmo Carlos - De noite na cama

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