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quinta-feira, 17 de junho de 2010

Caminho sem volta

A noite foi tranquila, confortável. Bem aquecido não sentiu o frio, nem pensou em tudo que havia feito durante aquele dia. Apenas deitou e pouco tempo depois já estava dormindo. Uma noite sem sonhos, sem incômodos noturnos ou mesmo sem pesadelos quaisquer.

De manhã o frio ainda permanecia, mesmo com o sol alto no céu ainda fazia bastante frio. Desperto, ele lembrou de tudo que fez ontem e por alguns minutos tentou dormir mais um pouco e evitar encarar o dia. Não havia mais o que fazer, não se podia voltar atrás. Por mais que aquilo lhe causasse algum medo ele era um homem mais despreocupado.

Sua mãe fingiu não saber de nada, mas não conseguia ser a mesma. Ele não tocou no assunto, sabia que ela estava triste com tudo. Lhe dirigiu poucas palavras, mas nas últimas já estava mais amorosa. Agora era esperar que tudo se acalmasse dentro e fora de casa. Ele já não se arrependia de nada.

Fez o que deveria ter feito. Antecipou o inevitável e sabe que agora poderá viver melhor. Ainda é cedo pra saber o tamanho do dano causado, mas ele não tinha dúvidas que havia tomado a melhor e mais importante decisão na sua vida. Uma coragem covarde, como ele mesmo chegou a dizer, mas havia ali muito mais coragem do que ele podia imaginar.

Erasmo Carlos e Frejat - Filho único

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