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terça-feira, 13 de abril de 2010

Entre olhares e flertes

Todos nós temos algo de instintivo. Sabe aquelas intuições, sensações e estalos que são decisivos? Acho que o que rolou foi um pouco disso. Um anjo, um espírito, uma brisa leve... sussurou no meu ouvido que você me olhava. Logo meus olhos cegos foram diretamente guiados até os seus.

Entre nós, olhares. Um espanto, Será comigo?! Confirmação vinda com o segundo, o terceiro, o quarto olhar e a insistência em buscar em mim algo capaz de saciar seus desejos. Agora também tenho os meus desejos. Meus olhos buscam seus interesses e fazem deles os meus. Trocam-se olhares e vontades nos nossos flertes noturnos.

Em algum dado momento o olhar, já tão entregue ao óbvio, se via hipnotizado pelo outro. Quando se dava conta despertava e desviava, assustado. Não queria demonstrar e, por quê não dizer?, não queria enxergar que naquele ambiente não havia mais nada que desse foco à sua visão. Foi loucura minha ou você me olhou sorrindo?

Adquiri, rapidamente, o vício de te olhar por minutos seguidos. Eu podia ficar ali, te olhando a noite toda. Me dar por satisfeito pelo fato de saber (apenas pelo olhar) que compartilhamos quereres. Confesso que minha vontade, por um momento, era de poder ver o que tanto os seus olhos viam de encantador.

Quis me ver te olhando, mas ficar ali parado não era o que os nossos olhares queriam ver. Olhos precisam de cenas, movimentos. Buscam consequências para tudo isso. Talvez por isso os seus dispararam e acertaram, entre outras partes, o meu peito.

Morri! Agora você carrega o meu corpo contigo. Me leva pra sua casa e retira do meu corpo todos os vestígios desse crime tão passional.

Ira! - Flerte Fatal

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